A Travessia de Maria e seu irmão João
Em tempos de guerra e fome Maria e seu irmão João enfrentam o medo do abandono, o escuro da floresta e os terríveis planos de uma bruxa. Com coragem, inteligência e de mãos dadas fazem a travessia que os levará de volta para casa.
da Cia Arthur-Arnaldo
O espetáculo teatral A Travessia de Maria e seu irmão João foi contemplado pela 23a edição do Cultura Inglesa Festival produzido em 2019. O espetáculo é uma adaptação do conto clássico João e Maria , que na nossa dramaturgia traz apenas duas atrizes e propõe o nome de Maria antes de João no título, celebrando o protagonismo da personagem feminina do conto e a sua coragem para atravessar tudo o que as crianças enfrentam. A montagem celebra a força da parceria entre irmãs e irmãos dentro da família e a coragem que temos ao enfrentar o medo do abandono e do desconhecido. A diretora Soledad Yunge diz sobre como iniciou a ideia de montar uma peça que coloca tantos desafios para duas personagens infantis- e diz “ coloquei no projeto a ideia de que para todo medo há uma coragem do mesmo tamanho”
A montagem trabalha com bonecos numa parte do espetáculo e existe um jogo de escala entre o mini mundo dos bonecos e o espaço cênico das atrizes que pretende transportar o espectador para um mundo mágico. Os elementos cênicos da montagem remetem a alimentos porque a montagem situa a família do conto em um lugar devastado pela fome e guerra e a criação quis trazer muito fortemente a presença do alimento , sua falta e também a possibilidade de reconstrução de um mundo onde não há mais fome. Alguns elementos, como a casa de pão e os próprios bonecos de Maria e João são feitos de pão.
A trilha sonora original e toda a criação de uma narrativa sonora foi criada para que o espectador tivesse uma experiência musical e sonora muito potente. O espetáculo tem trilha quase que o tempo inteiro, seja nas vozes em off ou música.
Estreou e fez curta temporada no Teatro Cacilda Becker e recebeu o APCA 2019 de melhor espetáculo teatral para o público infantil na categoria reconto.
Em 2020 recebeu o Prêmio Zé Renato para realizar uma circulação do espetáculo em
escolas públicas além de uma temporada em teatros da prefeitura de São Paulo.
Com a pandemia do COVID-19 a diretora Soledad Yunge decidiu adaptar o projeto para o formato audiovisual. Realizaram também um extenso projeto pedagógico no mesmo formato.
No final de 2021 voltaram a apresentar o espetáculo presencialmente e estiveram na unidade do Sesc Jundiaí. Em 2022 já estiveram nas unidades do Sesc Vila Mariana, Sorocaba e Campinas.
Foram selecionados para os festivais 36a edição do FESTIVALE em São José dos Campos e 24a edição do FENATIB em Blumenau em 2022, onde estiveram em setembro de 2022. Em novembro de 2022 circulou por 6 unidades do SESC RIO pelo festival SESC Pulsar.