Show “Ceumar, 35 anos de música”
“Ceumar 35 anos de música” é uma proposta inédita, um projeto projeto especial que traça a trajetória musical de mais de três décadas da compositora, cantora e violonista. Para celebrar seus 35 anos de carreira Ceumar mergulhou em rio caudaloso de nascente baiana, o parceiro e multi instrumentista Webster Santos; é com a participação especial deste outro artista imenso que ela apresenta uma síntese de sua trajetória.
O Brasil se reencontra quando celebra sua natureza, história, arte e afetos. É hora de festejarmos Ceumar, artista que soube fazer brotar em sua música aquilo que viu nascer nas terras altas da Mantiqueira: obrigado, Dindinha! (por Edson Natale)
São 35 anos de música desde que Ceumar começou a cantar nas noites de Belo Horizonte, em 1989, aos vinte anos de idade, quando estudava violão clássico na Fundação de Educação Artística. Sabia-se música desde sempre e aprendeu com as terras altas da Serra da Mantiqueira a observar a si e ao mundo com calma e profundidade, mesmo depois de ter ganho o prêmio de melhor intérprete no festival de Itanhandu, com apenas dezesseis anos de idade.
Quando ela canta tudo se explica e nenhuma legenda é necessária. Faz jus ao que disse Milton Santos: O tempo somente é porque algo acontece, e onde algo acontece o tempo está. Ceumar é e está desde que começou a cantar e a tocar no Sul de Minas Gerais de onde partiu, impulsionada pela música, para aportar em Belo Horizonte, participar de inúmeros festivais pelo país e aterrar em São Paulo onde trabalhou com músicos como Zeca Baleiro, produtor de Dindinha, seu disco de estreia de repertório exuberante que despertou múltiplos interesses e curiosidades: quem é que está cantando? Essa era a pergunta cuja resposta jamais esqueceremos: é Ceumar. Para corroborar, basta citar como exemplo o título da primeira entrevista que concedeu ao jornal Folha de São Paulo, realizada pelo jornalista Pedro Alexandre Sanches: Ceumar parece coisa que não existe!
Durante cinco anos ela viveu em Amsterdam e apresentou-se na Holanda e em países como Bélgica, Itália, França, Portugal e Israel. Brilhou em bares, clubes e festivais de jazz. Distante, abrasileirou ainda mais sua estrutura de artista com alicerce esculpido com argila da Mantiqueira, soprada pelos pais que a ensinaram a cantar – sobretudo Seu Clélio, violonista e cantor profissional em Itanhandu. Sua discografia é composta por Dindinha (1999), Sempre Viva (2003), Achou! (com Dante Ozzetti, 2006), Meu Nome (2009), Ceumar & Trio Live in Amsterdam (2010), Silencia (2014), Viola Perfumosa – Homenagem à Inezita Barroso (com Lui Coimbra e Paulo Freire, 2018) e Espiral (2019).