Programa ‘Ocupação Sinfônica’ – 25/09

Programa ‘Ocupação Sinfônica’ – 25/09

23 de setembro de 2022 Off Por admin

No concerto comemorativo aos 200 anos da Independência, a Sinfônica de Santo André executa Beethoven. Mas, qual a relação de Beethoven com a independência do Brasil?

Neste mês de setembro, a Orquestra de Santo André realiza a II Ocupação Sinfônica no Saguão do Teatro Municipal Maestro Flavio Florence

Com o sucesso da primeira, a Sinfônica de Santo André traz mais uma ação cultural para a cidade: a segunda Ocupação Sinfônica da OSSA que será realizada no saguão do Teatro Municipal Maestro Flavio Florence, no domingo 25/09 às11h00. Nesse programa, a Sinfônica de Santo André também trará composições inéditas, escritas especialmente para nossa orquestra.

A Ocupação Sinfônica propõe um olhar e uma audição diferenciados para os espaços da cidade, propiciando uma nova relação da música instrumental sinfônica com outras atividades culturais, esportivas e sociais. Convidamos nosso público para, nesse dia, usufruir e participar também das outras atividades programadas para Paço Municipal. Vocês poderão participar das atividades do Domingo no Paço.

Nesse concerto, haverá a estreia de duas novas composições, de Denise Gracia e João Cristal, integrantes do ProjetoBrasil de 22 a 22.

Denise Garcia é compositora paulista, professora de composição do Departamento de Música da UNICAMP. Graduou-se em composição pela Escola de Comunicação e Artes da USP, continuando seus estudos na NordwestdeutscheMusikakademieDetmold e na Musik Hochschule München, na Alemanha de 1979 a 1984. Mestre em Artes pela UNICAMP e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, tendo realizado em 1997 estágio de pesquisa para doutorado no GRM (Groupe de RecherchesMusicales) em Paris. Sua composição Hinos De Pendências é uma obra comemorativa dos 200 anos da Independência do Brasil. A composição é um jogo musical com diversos hinos brasileiros, de Portugal imperial, que nos colonizou, e de nações que até os dias de hoje tentam nos manter como um país subalterno, em particular Inglaterra e Estados Unidos. A semelhança de características sonoras entre esses hinos é explorada, ao mesmo tempo que há um desmonte de suas estruturas com uma intenção de paródia. As citações entrecortadas e distorcidas das melodias desses hinos são propositais para que sejam reconhecidos seus significados simbólicos.

João Cristal é mineiro, radicado em Santo André, pianista, compositor, arranjador. Tocou, produziu, e dirigiu musicalmente o trabalho de grandes intérpretes da música nacional e internacional. A composição Um Dia de Março foi criada baseada numa história que tem um começo feliz, no meio a momentos de muita tensão, simbolizando o sofrimento, e no final o retorno da Esperança e Felicidade, numa coincidência interessante com o momento que vivemos no nosso país, com essa Pandemia que começou exatamente no mês de Março!

Qual e relação de Beethoven com a independência do Brasil?A Vitória de Wellington, ou Batalha de Vitoria é uma obra orquestral de Ludwig van Beethoven composta em 1813 para celebrar a vitória das tropas britânicas e portuguesas, comandadas pelo Duque de Wellington Arthur Wellesley, sobre o exército francês nos arredores da cidade espanhola  de Vitoria-Gasteiz. Beethoven, numa obra altamente descritiva, utilizou dois temas populares: Malbrough vai à guerra para simbolizar a França, Rule Britannia e God Save the King para simbolizar a Inglaterra.

A ameaça francesa a Portugal, pelas tropas de Napoleão, havia forçado a mudança da coroa portuguesa para o Brasil em 1808. Com a derrota e expulsão das forças francesas instaladas na Espanha, em 1813, numa força conjunta entre Portugal e Inglaterra, exigiu-se o retorno de D. João a Portugal e, em decorrência disso, aberto o caminho para a Proclamação da Independência brasileira em 1822.

Vários foram os movimentes de independência no Brasil, em épocas e por razões diversas. Na sequencia do Grito do Ipiranga, outras situações de conflito foram travadas no Brasil.

Na Bahia, “Enquanto as forças pró-independência se organizavam pelo interior e na cidade de Salvador, a Corte Portuguesa, por sua vez, enviou cerca de 750 soldados para a região. As principais lutas se engendraram na região de Pirajá, onde independentes e metropolitanos abriram fogo uns contra os outros.Devido à eficaz resistência organizada pelos defensores da independência e o apoio das tropas lideradas pelo militar britânico Thomas Cochrane, as tropas fiéis a Portugal acabaram sendo derrotadas em 2 de julho de 1823. O episódio, além de marcar as lutas de independência do Brasil, motivou a criação de um feriado onde se comemora a chamada “Independência da Bahia.”

Já no Pará, a data de 15 de agostode 1823 celebra a da Adesão do Estado à Independência do Brasil. A ruptura com Portugal aconteceu em 1823, somente um ano depois de o Brasil se tornar independente.Depois da adesão do Maranhão ao Império do Brasil, em julho de 1823, o Pará era o último Estado restante. Para conseguir a adesão, em 11 de agosto, o Almirante John Grenfell desembarcou na capital e, a mando de Pedro I, trouxe aos governantes do Estado um documento afirmando que havia uma esquadra em Salinas, pronta para bloquear o acesso ao porto da capital, isolando o Pará do resto do Brasil, caso o Estado não aceitasse a adesão.

 Já a Inconfidência Mineira foi uma das maiores revoltas organizadas contra a Coroa portuguesa durante o período colonial e envolveu parte da elite da capitania de Minas Gerais.Os inconfidentes defendia, em linhas gerais, “proclamação de uma república aos moldes dos Estados Unidos;realização de eleições anuais; incentivo à instalação de manufaturas como forma de diversificar a produção econômica das Minas Gerais e a formação de uma milícia nacional composta pelos próprios cidadãos das Minas Gerais. Foi duramente combatida pela coroa portuguesa.

Museu da Inconfidênciade Guerra Peixe organiza-se como uma sinfonia em quatro movimentos: I – Entrada; II – Cadeira de Arruar; III – Panteão dos Inconfidentes; IV – Restos de um Reinado Negro. Cada movimento alude à Inconfidência Mineira ou ao Museu da Inconfidência em Ouro Preto. Seu movimento mais famoso é segunda parte, “Cadeira de arruar”, também conhecida como Liteira, que no Brasil era usada pelos senhores brancos para serem carregados por aí por seus escravos. A música de Guerra-Peixe pretende-se irônica e zombeteria, ao sugerir que os escravos, cientes de que seus donos não conseguem vê-los de dentro da cadeira, passam o caminho inteiro os ridicularizando. Daí o aspecto jocoso de suas melodias e estrutura musicais, alinhadas ao ritmo cadenciado do transporte.

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Programa:

L. van Beethoven – A Vitória de Wellington

João Cristal – Um dia de Março
Piano solo: João Cristal
Denise Garcia – Hinos de Pendências

Guerra-Peixe – Museu da inconfidência

   1. Entrada

   2. Cadeira de Arruar

   3. Panteão dos Inconfidentes

   4. Restos de um Reinado Negro

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Ficha técnica – Orquestra Sinfônica de Santo André

Regente: Maestro Abel Rocha

Primeiros Violinos: Laércio Diniz, Pollyana Santana, Ana Paula Eloi, André Viana, Danilo Alves, Eduardo Oliveira, Fábio Silva, Fellipe Santarelli, Natália Brito, Wanessa Dourado, Wellington Oliveira

Segundos Violinos: Anderson Dubiniack, Paula Souza, Adriana Maresca, Arthur Brito, Dorotheia Gruber, Fernanda Garcia, Noemi Burba, Olga Leoni, Sérgio Senda

Violas: Iberê Carvalho, Andreza Batistella, Baruck Borean, Diego Paz, Erlon Lima, Guilherme Bomfim, Rose Nascimento

Violoncelos: Denise Ferrari, Danilo de Souza, Franklin Martins, Mariana Estanislau, Mayara Alencar, Paulo Cardoso, Renato Amaral, Wellington Ramos

Contrabaixos: Fernando Freitas, Alex Eduardo, Danilo Zangheri, Fernando Tosta, Haran Rodrigues, Pablo Lyon, Thiago Hessel

Flautas: Mônica Camargo, Amanda Bomfim, Danilo Lopes

Oboés: Gizele Sales, Karina Ando, Rosana Moret

Clarinetes: Otinilo Pacheco, Samuel Derewlany, Isabel Latorre

Fagotes: Ronaldo Pacheco, Erick Ariga, Mary Macedo,

Trompas: Mário Rocha, Gerdson Monteiro, Jéssica Alves, Ricardo Cruz, Vitor Ferreira

Trompetes: Wagner Felix, Adenilson Telles, Fábio Korsakov, Fábio Simão

Trombones: Luiz Cruz, Fernando Cardoso, Jaaziel Gomes, Lucas Cavalcante

Tuba: Rubens Mattos

Tímpanos: Marco Monteiro

Percussão: Marcel Balciunas, Leandro Lui, Saulo Camargo, Alexandre Biond

Sonoplastia: Lu Manzin

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Diretor Artístico e Regente Titular: Maestro Abel Rocha
Regente Assistente: Felipe Gadioli
Encarregada/Produção: Lucinéia Gomes Barbosa
Administração/Produção: Eliana Lux
Inspetor/Produção/Coordenador Técnico: Wilson Vieira
Musicoteca: Vinícius Jaloto
Montagem: Donizetti Souza, Ricardo Geraldo
Designer/Social Media: Raquel Florence