Teatro Conchita de Moraes entra em fase final de revitalização

Equipamento cultural de Santo André passou por vistoria na manhã desta terça e será entregue em abril

Um importante símbolo da cultura de Santo André está muito perto de voltar a receber espetáculos, totalmente modernizado. Com mais de 61 anos de existência, o Teatro Conchita de Moraes entrou em fase final de obras de revitalização e ganhou data para reabertura: abril de 2023. Fechado desde 2014, o local reassumirá seu papel de maneira multifuncional.

Na manhã desta terça-feira (13), foi realizada vistoria no espaço. Participaram da visita o prefeito Paulo Serra, o vice Luiz Zacarias e os secretários de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Vitor Mazzeti, e de Cultura, Simone Zárate. Esta fase estrutural da obra, que contempla cobertura, instalações elétricas e hidráulicas, revestimentos de paredes e pisos, pintura, forros e acessibilidade total, está orçada em cerca de R$ 3 milhões.

“A gente entra agora na fase final de obras. A previsão é entregar este teatro no mês de aniversário de 470 anos da cidade, em abril do ano que vem. É um teatro que tem além de uma simbologia cultural, mas uma simbologia geográfica, por ficar no segundo subdistrito, em lugar muito conhecido, e oito anos sem utilização do público”, afirmou o prefeito Paulo Serra.

O espaço conta ainda com dois elevadores que levam ao pavimento superior, além de rampas espalhadas por toda a área, permitindo o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida. “Conseguimos chegar com as novas normas de acessibilidade em um teatro que vai abrigar mais de 200 lugares. Para a cidade é muito importante um equipamento deste porte”, declarou o chefe do Paço andreense.

O prefeito Paulo Serra ainda celebrou um ponto muito importante para a Cultura andreense. “Com os investimentos que estamos fazendo em infraestrutura, além de toda a programação cultural, a gente vai chegar em 2023 à nossa meta de investir 1% do Orçamento em Cultura, que era uma demanda dos movimentos culturais. Assim, Santo André será uma das primeiras cidades a atingir esse patamar, valorizando a Cultura e os equipamentos”, exaltou.

No atual estágio, que supera os 80% de execução, ainda resta a finalização da fachada, incluindo um grande graffiti que deixará o prédio ainda mais belo. Posteriormente ocorrerão as instalações das poltronas, ar-condicionado, mobiliários e cenotecnia.

“Novas histórias serão contadas no Conchita. Uma nova geração vai conhecer e há uma relação muito forte com essa região da cidade”, finalizou Paulo Serra.

Histórico – Criado pelo Governo do Estado de São Paulo em 1959, o Teatro Conchita de Moraes foi inicialmente erguido para ser o auditório da escola estadual existente no mesmo quarteirão. Em 1963, em convênio com a Prefeitura, o teatro acolhe o festival de teatro amador de Santo André. Em 1970 começa a ser administrado pelo município, que passa a utilizá-lo como um dos espaços teatrais da cidade.

O equipamento cultural homenageia em seu nome María de la Concepción Álvarez Bernard (1885-1962), conhecida como Conchita de Moraes, atriz cubana radicada no Brasil, que era mãe da também atriz Dulcina de Moraes. Participou de alguns filmes, como 24 Horas de Sonho, Pureza, O Bobo do Rei, O Grito da Mocidade, Bombonzinho, Bonequinha de Seda e Amor Perdição.

| Texto: Dérek Bittencourt
| Fotos: Angelo Baima/PSA