Patrimônio cultural de Santo André ganha nova identificação

Equipamentos ganham totens com mais informações e imagens históricas, além de QR Code que encaminha para site com detalhes dos imóveis

 

Os totens, painéis verticais indicativos que ficam em frente aos imóveis tombados de Santo André, estão com visual novo. Os totens azuis que ficavam na calçada de bens culturais da cidade agora são marrons – mesma cor das placas que indicam atrativos turísticos por todo o Brasil – e estão com informações mais completas.

 

Até o momento, dez equipamentos tombados contam com os novos totens: Museu Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, Casa do Olhar Luiz Sacilotto, Casa da Palavra Mário Quintana, Paço Municipal, Villa Rosa, Nosso Bar, Mansão Tognato, Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes, Casa da Rua Francisco Amaro e Empório Turim, imóvel localizado na Avenida Dom Pedro II com a Rua das Esmeraldas.

 

Além desses, outros quatro bens culturais estão recebendo totens pela primeira vez: o imóvel que abriga a Escola Municipal de Iniciação Artística (Emia) Aron Feldman, no Parque Regional da Criança Palhaço Estremilique; Emeief Therezinha Monteiro de Barros Nosé; Vila Mansueto Cecchi; e Casa Amarela, localizada dentro da Fundação Santo André.

 

Segundo a gerente de Documentação e Preservação Cultural de Santo André, Mayra Gusman, o tombamento é um ato administrativo que tem como objetivo reconhecer que um bem tem valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental, além de possuir valor afetivo para a população, garantindo, dessa forma, sua preservação para que estas e as próximas gerações tenham conhecimento de como foi o passado. Em Santo André os tombamentos são realizados pelo Condephapaasa (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André).

 

“A função dos totens é ajudar as pessoas a reconhecerem estes imóveis que são patrimônios culturais de Santo André, pelos quais elas possivelmente passam diariamente e não sabem como são especiais”, diz Mayra Gusman.

 

A Casa do Olhar Luiz Sacilotto é um exemplo de patrimônio cultural de Santo André que recebeu o novo totem. Encravada no centro comercial da cidade, na esquina de duas vias de grande movimento (Rua Campos Sales e Rua Bernardino de Campos), está a casa que pertenceu a Olga Guazelli até a década de 1950, e fez parte de um tempo de grande transformação no centro urbano do município.

 

Toda a história do imóvel está narrada no totem, bem como informações sobre a sociedade na época e o contexto histórico. “Os novos totens possuem três faces, com informações diferentes em cada uma delas. As informações estão muito mais completas e agora há mais imagens antigas, além de continuarem com o QR Code que direciona a pessoa para a página do site CulturAZ”, onde é possível encontrar mais informações sobre o espaço”, acrescenta Mayra Gusman.

 

Os patrimônios culturais são definidos no artigo 126 da Constituição Brasileira. “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

 

A Secretaria de Cultura de Santo André também finaliza projeto para colocação de placas indicativas em todas as 76 obras de arte e monumentos da cidade também para possibilitar à população o reconhecimento de itens de enorme valor cultural que passam despercebidos no dia a dia.

 

Locais identificados com totem em Santo André:

 

Casa Amarela do Centro Universitário Fundação Santo André

Centro Cívico

Cine Theatro Carlos Gomes

Emeief Professora Therezinha Monteiro de Barros Nosé

Empório Turim (atual restaurante D´Brescia)

I Grupo Escolar de São Bernardo (Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa)

Imóvel na Avenida Queirós dos Santos, 218 (antigo Nosso Bar)

Imóvel na Rua Francisco Amaro, 579

Mansão Tognato (atual laboratório Fleury)

Residência da Família Vezzá – Villa Rosa

Residência de Olga Guazelli (Casa do Olhar Luiz Sacilotto)

Residência de Paulina Isabel de Queiroz (Casa da Palavra Mário Quintana)

Sede do Haras Jaçatuba (atual Emia Aron Feldman)

Vila Mansueto Cecchi

| Texto: Paola Zanei
| Fotos: Angelo Baima e Helber Aggio